Provavelmente já devia ter colocado este post há mais tempo, pois quando nos iniciamos nos estudos das cartas, convém adquirir um baralho. E para que esse baralho comece a funcionar bem e fique impregnado com a nossa energia, temos de ter alguns cuidados.
Antes de chegar até às suas mãos, faz ideia de quantas pessoas tocaram no seu baralho?
É preciso limpar as cartas de toda a vibração negativa que possam ter apanhado, para em seguida começar a usá-las.
Existem diversos rituais, alguns mais complexos do que outros, uns que necessitam de diversos materias e utensílios...
O ritual de consagração, embora não seja obrigatório, pois depende das crenças de cada um, tem o objectivo de ligar o baralho a si, colocando nele a sua energia bem como as vibrações do Universo. Deste modo, as cartas de simples pedaços de papel passam a se transformar em símbolos que o conduzirão à vida oculta (inconsciente) do consulente.
O ritual de consagração tem de ser realizado com a maior seriedade, num local calmo, sem que seja interrompido.
Deixo aqui um ritual de consagração.
Tem de ser feito na fase da Lua Cheia (até ao terceiro dia desta, pois é quando está no seu esplendor) ou então no Quarto Crescente, e vai precisar do seguinte material:
- 1 Vela e castiçal;
- Fósforos;
- 1 Incenso;
- 1 Taça ou copo com água mineral;
- Cristais;
- Frutas (se quiser);
- 1 Punhal.
Começa a consagração apresentando as cartas aos quatro elementos da natureza, colocados em cima da mesa ou noutro local, no compartimento onde pretende deitar as cartas:
- Fogo, acendendo uma vela da cor do seu agrado;
- Ar, colocando um incenso da sua preferência a queimar;
- Terra, cristais e frutas (estas últimas se quiser);
- Água, numa taça ou copo.
Olhando para as cartas, peça com segurança para que sejam limpas de todas as energias negativas e que possa com elas fazer previsões correctas, no sentido de orientar quem lhe procurar (ou faça o pedido que achar conveniente).
Em seguida erga o punhal com a mão direita, bem diante de si, e movimente-o em forma de X (da parte esquerda para o ponto mais baixo na direita, e vice-versa). Este gesto deve depois ser repetido em direcção aos quatro pontos cardiais; nessa altura invoca os seus guias espirituais, pedindo-lhes que o defendam sempre, afastando de si a perda, a doença, a dor, a escuridão, a maldade e a inveja dos outros.
Pegue em seguida nas cartas e apresente-as à Lua, pedindo que ela lhe forneça a luz da vidência e da intuição.
Para finalizar passe as lâminas, uma a uma, no fumo do incenso, sempre com bons pensamentos e boa energia.
Quando terminar, guarde o baralho num saco feito por si, num lenço ou onde achar melhor. Evite envolver em panos pretos e cinzentos, pois o negro absorve energia negativa que pode atacar o seu baralho.
O resto do incenso e vela deverá, após tê-los apagado, deitar fora ou enterrar num jardim perto da sua casa. A água deve ser deitada fora. Os cristais estão imantados com energia e deverão ser colocados na mesa, onde vai deitar as cartas, assim como o punhal. As frutas, ofereça à sua família ou a alguém que está a precisar (há quem defenda que devem ser deixadas num jardim).
Nota: Não deve apagar a vela e o incenso soprando.
Nota 2: Não é aconselhável acender velas após as 21h:00, pelo que convém iniciar o ritual assim que a noite se coloque.
(Este ritual foi inspirado no ritual de "Consagração das Cartas e do Ambiente onde será praticado o Ofício", de Sibyla Rudana do livro Segredos das Cartas Ciganas. Naturalmente que fiz algumas adaptações, de acordo com as minhas crenças).